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Visto de África e de fora do meio

Artigo
Visto de África e de fora do meio

E de repente vejo-me associado a algo novo…

Como começar ?

Pelo princípio: nascido em Luanda, no agora Distrito Urbano do Sambizanga, vivi a minha vida a “meias” entre Angola e Portugal e, se matematicamente fosse possível, ainda a “meias” com o resto do mundo que, desde cedo e em família, mais tarde com amigos e novamente com estes e em família (agora já com os descendentes) tenho tido o privilégio de ir conhecendo.

Tenho formação de base em Geologia – que me permitiu sempre um outro entendimento do tempo e dimensão. Movimento-me entre a academia, em Angola e um pouco pelo mundo, e a aplicação prática da investigação e desenvolvimento aí proporcionado e o meio empresarial, ligado a áreas ambientais, ordenamento, sistemas de informação e projectos de inovação tecnológica.

Desde que me conheço que tenho a paixão pelo desporto, talvez não muito de o discutir ou de filosofar sobre os “casos” numa mesa de café mas sim de o praticar, mesmo começando o corpo a queixar-se de há uns anos para cá da falta de condições…

As conversas em torno do Projecto Absolute Motors começaram inocentemente, a paixão pelo todo o terreno, seja de carro ou de mota (ou a pé e enterrado até ao pescoço…) e pelo mar e desportos náuticos em geral tiveram, claro, alguma responsabilidade. A atracção pela “viagem”, não necessariamente pelo seu objectivo final mas sim pelo gozo de conduzir, de ultrapassar, de partilhar experiências e momentos – alguns bons e outros menos bons, levou-me a conhecer pessoas, locais e situações que enriqueceram um património de “estórias” e ideias, raramente se tendo proporcionado a sua divulgação.

Quem já viajou compreende o verdadeiro fascínio que um motor potente suscita por onde quer que se passe, seja em Africa, Médio Oriente ou na América do Sul – e essa paixão, como a meu ver todas, deve de ser sempre alimentada, mimada e divulgada.

Sem paixão, deixamos de ser.

O mundo de inovação a que estou ligado profissionalmente leva-me a reconhecer o mérito deste projecto, ao qual tentarei trazer alguns verdadeiros apaixonados por motores e por Africa e, em particular, por Angola tentando mostrar o que de melhor se pode encontrar por ali. A vontade de também aí levar a informação, novidades, testes e possibilidade de trocas de ideias e opiniões sobre motores e suas inúmeras aplicações levou-me a abraçar o Projecto Absolute Motors com a certeza dos sonhos que se podem concretizar, com uma absoluta confiança na equipa e na Direcção do projecto para o levar avante.

Um Projecto inclusivo

Uma das grandes vantagens da publicação digital é a extrema facilidade de disseminação da informação, hoje virtualmente sem limites, alargando os horizontes dos projectos mas também trazendo responsabilidades acrescidas: leitores com culturas, realidades e referenciais distintos, originando por sua vez quadros de acesso a diferentes tecnologias, mercados e problemas – muitas vezes desconhecidos ou cuja importância é por vezes minorada por fabricantes, comerciais ou mesmo jornalistas.

A “internacionalização” do propósito do Projecto Absolute Motors, não querendo discutir aqui as implicações de termos indiscriminadamente misturados como “globalização”, “planetização” ou “mundialização”, levou à sua inclusão formal no grupo empresarial SINGULAR DIGITAL SL (SD), com sede em Espanha, contando também com capital português e angolano, mais abrangente e actuando na área da comunicação, estudos e projectos. A SD aposta desde logo no mercado de língua portuguesa (CPLP) – com ênfase inicial em Portugal e Angola, mas também e a médio prazo no mercado de influência espanhola, além de Espanha também os países da América do Sul e Central, e a longo prazo no mercado anglo-saxónico.

Quão diferente pode ser a “Absolute Motors” ?

Uma das características que penso trazer ao projecto Absolute Motors é o facto de ser um “outsider” ao meio.

Já participei em testes a carros, motas e barcos, fiz viagens um pouco por todo o mundo usando os mais variados recursos – mas não sou um profissional do meio.

Sinto, por isso, quase que a obrigação de tentar contribuir com algumas áreas menos exploradas, chamando a atenção para situações talvez menos comuns e certamente tentando trazer também opiniões e vivências enriquecedoras para o universo – alargado – dos nossos leitores.

Claro que reservaremos as surpresas para mais tarde, até pela própria definição do termo, mas julgo serem de esperar relatos de viagens, experiências e “casos de estudo” diferentes, assim como ideias para a realização de testes em situações menos comuns e porventura com parâmetros de avaliação distintos dos habituais J

Até já

Nuno Gomes
Pró-reitor da UnIA

 

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Sobre o autor
Nuno Gomes