DS 4 1.6 THP 210 Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

As jantes de 19" são um opcional

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

DS 4 1.6 THP 210 cv Sport Chic

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Este é o primeiro ano da vida da DS enquanto marca autónoma. E mesmo que o mais recente membro do Grupo PSA não tenha ainda um modelo completamento novo para propor, sempre foi introduzindo algumas actualizações na oferta já existente, por forma a marcar a diferença para o passado recente e a introduzir um factor distintivo nos membros que a compõem, por forma a suportar esta alteração de marca.

Um desses modelos é o DS 4. Que continuar a ter na variante 1.6 THP uma proposta absolutamente única na sua classe. Num segmento claramente dominado pelos motores Diesel, o simpático compacto gaulês oferece não só uma aparência exterior cheia de estilo, como um motor poderoso e por demais divertido de utilizar, que lhe confere um toque de dinamismo e desportividade a que não é fácil ficar indiferente.

E, de facto, um dos elementos mais apelativos do DS 4 é mesmo a estética. Desde logo porque os puxadores das portas traseiras embutidos fazem com que este cinco portas mais pareça um três portas. Depois, tem aquele ar dinâmico e de certa forma requintado e distinto que cativa o olhar, sublinhado nesta versão de topo por um outro “músculo”, em boa parte assegurado pelas bonitas jantes opcionais de 19” (de 18” de série). Pormenores exteriores interessantes são, ainda, os emblemas da DS colocado no topo dos pilares centrais, na grelha e no capot.

A estética é um dos trunfos do DS 4 1.6 THP Sport Chic, conferindo-lhe uma apreciável distinção e um inegável apelo visual

O interior, não sendo desapontante em termos estéticos e decoração, acaba por ser mais sóbrio e discreto do que aquilo que as linhas exteriores fariam prever. Por seu turno, e mesmo que parte significativa dos materiais utilizados até seja de boa qualidade, e os acabamentos não desiludam, a montagem perfectível (exemplos gritantes, as fixações dos bancos e a chapeleira) acaba por permitir o surgimento de excessivos, e nada agradáveis, ruídos parasitas quando se circula por pisos em estado menos perfeito de conservação.

Ainda assim, o habitáculo mostra-se minimamente refinado, também por culpa do completo sistema de infoentretenimento (embora conhecido de outras propostas da marca, da Citroën e da Peugeot), do painel de instrumentos com regulação da cor e da intensidade luminosa, e, sobretudo, do completo equipamento de série que está associado ao nível Sport Chic da unidade ensaiada. A habitabilidade é que está longe de ser uma referência, sendo os lugares traseiros os mais prejudicados: pelo espaço oferecido a quem os ocupa, algo exíguo, por um acesso melhorável (caso o ângulo de abertura das portas fosse mais generoso) e pelo facto de as janelas posteriores serem fixas.

Melhor estão, neste domínio, os passageiros da frente, até porque os seus cómodos e envolventes bancos contam com função de massagem. No caso particular de quem siga ao volante, refira-se que a posição de condução é algo elevada, mas correcta, e que o volante só teria a ganhar se fosse um pouco mais pequeno.

Mas, para quem seja apreciador do estilo, e amante de uma condução mais dinâmica, tudo isto são factores que assumem importância relativa no DS 4 1.6 THP uma vez passando-se à acção. Sob o capot está um dos melhores atributos deste modelo: o soberbo motor 1.6 turbo de 210 cv, senhor de uma sonoridade encorpada e estimulante, e de uma excelente resposta em quase todos os regimes, correspondendo de forma célere e progressiva às  solicitações do condutor logo desde as 1500 rpm, e até 6000 rpm.

Sob o capot está montado o soberbo quatro cilindros turbo de 1,6 litros e 210 cv, capaz de proporcionar ao DS 4 prestações de excelente nível

Para mais, esta unidade surge aqui combinada com uma caixa de velocidades muito bem escalonada, que dispensa as relações demasiado longas, que hoje tendem a dominar o sector, em favor de um escalonamento curto, que favorece as prestações e o agrado de utilização, sobretudo numa utilização mais intensiva. Tudo se conjuga, pois, para uma utilização despreocupada em condições normais, e para prestações dignas de registo em ritmos mais empenhados, algo que o DS 4 1.6 THP confirma em absoluto: 0-100 km/h cunmpridos em 7,8 segundos, velocidade máxima de 235 km/h e recuperações de nível superior.

Já os consumos são relativamente contidos em estrada e auto-estrada, a velocidades estabilizadas, mas dificilmente baixam muitos dos 9,0 l/km em cidade, e facilmente superam os 13,0 l/100 km sempre que aumenta o nível de exigência da condução. Nada que, ainda assim, surpreenda por demais os verdadeiros amantes deste género de proposta.

O comportamento dinâmico, esse, fica nitidamente aquém do potencial do motor. É verdade que é suficientemente honesto e previsível para nunca colocar o condutor perante situações de difícil resolução. Mas os mais dotados e exigentes não deixarão de notar o trem dianteiro algo sensível às maiores descargas de potência, a direcção pouco informativa e sensível ao chamado torque steering (que obriga a agarrar com firmeza o volante nas acelerações mais impetuosas) e, o que não é de somenos, o ESP não desligável – que impede que parte destes óbices possa ser obviada através de uma atitude em curva mais ágil, assim condicionando quer a eficácia, quer o divertimento ao volante, até porque tende a intervir com excessiva solicitude e frequência.

Honesto e previsível, o comportamento acaba por ser condicionado pelo ESP não desligável e demasiado interventivo, até porque o trem dianteiro também não lida da melhor forma com as mais exigentes acelerações em curva

Ao mesmo tempo, a afinação mais firme da suspensão traduz-se numa redução óbvia do conforto de marcha em piso irregular, circunstância em que o eixo semi-rígido traseiro não consegue, obviamente, operar milagres. Mas esse nem é o maior pecado deste DS4 1.6 THP Sport Chic, um pequeno foguete ágil e veloz, sempre disponível para se desenvencilhar da maior parte das situações de forma expedita, porém amordaçado pela electrónica sempre que tenta dele tirar todo o seu potencial. O preço ligeiramente inferior, esse, também não será o elemento que mais ajudará a impor o modelo entre nós.