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Jeep Cherokee 2.2 MultiJet 4×2 AT9 Limited

Artigo
Jeep Cherokee 2.2 MultiJet 4×2 AT9 Limited

Visão geral
Marca:

Jeep

Modelo:

Cherokee

Versão:

2.2 MultiJet 4x2 AT9 Limited

Ano lançamento:

2018

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

2.2 Turbodiesel

Pot. máx. (cv/rpm):

195/3500

Vel. máx. (km/h):

205

0-100 km/h (s):

9,1

Consumos (l/100 km):

5,4/6,1/7,2

CO2 (g/km):

161

PVP (€):

65 372/67 7720 (Unidade testada)

Gostámos

Relação preço/equipamento, Espaço para passageiros e bagagem, Comportamento no asfalto, Qualidade geral em progresso, Consumos moderados em estrada

A rever

Caixa hesitante, Pormenores de construção, Uso quase esclusivamente estradista, Motor ruidoso,

Nosso Rating
Rating Leitor
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Qualidade geral
7.0
Interior
8.0
Segurança
9.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Aptidões TT
6.0
Desempenho TT
6.0
Consumos e emissões
7.0
Conforto
8.0
Equipamento
9.0
Garantias
8.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Agora com uma imagem bem mais consensual, o renovado Jeep Cherokee 2.2 MultiJet 4x2 AT9 Limited conbta com um leque de trunfos que lhe permite constituir-se como uma interessante alternativa aos seus rivais oriundos das marcas e prestígio europeias

7.5
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Velocidade máxima anunciada (km/h) 205
Acelerações (s)
0-100 km/h 9,5
0-400 m 16,9
0-1000 m 30,7
Recuperações 60-100 km/h (s)
Em D 5,2
Recuperações 80-120 km/h (s)
Em 4ª 6,1
Distância de travagem (m)
100-0 km/h 39,0
Consumos (l/100 km)
Estrada (80-100 km/h) 5,2
Auto-estrada (120-140 km/h) 6,1
Cidade 7,8
Média ponderada (*) 6,94
Autonomia média ponderada (km) 864
(60% cidade+20% estrada+20% AE)
Medidas interiores (mm)
Largura à frente 1460
Largura atrás 1420
Comprimento à frente 1120
Comprimento atrás 580-730
Altura à frente 920
Altura atrás 860
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Um nome com 45 anos de história, o Jeep Cherokee adoptou, em 2014, quando foi lançada a sua quinta geração, uma postura surpreendente, porque totalmente distinta do que até então se lhe conhecia. Não só por assumir, na íntegra, o seu carácter bastante mais SUV, mas, sobretudo, por abdicar de uma imagem tradicionalmente robusta e conservadora, em prol de um visual dominado por soluções, no mínimo, polémicas (pelos menos para os, até então, indefectíveis do modelo), em especial uma frente que nunca conseguiu reunir consenso.

Apesar disso, o seu êxito comercial nos EUA foi de tal monta, que só cerca de cinco anos volvidos a Jeep decidiu operar uma evolução digna desse nome no modelo. E é essa evolução que está espelhada no Cherokee 2.2 MultiJet 4×2 AT9 Limited aqui em análise, a mais acessível das versões comercializadas em Portugal, com motor turbodiesel de 195 cv, caixa automática de nove velocidades e tracção dianteira (a outra opção é a variante de tracção integral, sempre associada ao ainda mais refinado nível de equipamento Overland).

Se a estética foi um dos principais factores de discussão quando da chegada do novo Cherokee ao mercado, nada como inicir por aqui a avaliação desta sua mais recente interpretação. Como seria de esperar, as modificações operadas incidiram sobre a controversa secção dianteira. E se este poderá continuar a não ser o Jeep mais apelativo, ou esteticamente mais unânime, do momento, a verdade é que a situação melhorou substancialmentecom o modelo a impor-se mais facilmente neste capítulo, e sendo, agora, de imediato, identificado como um Jeep, contando com todos os elementos estilísticos obrigatórios que caracterizam as suas criações, nomeadamente a grelha com sete elementos verticais e os grupos ópticos de formato bem mais agradável.

A actualização de que foi alvo trouxe ao Jeep Cherokee melhorias estilísticas que tornaram a sua aparência exterior mais cativante e menos controversa

A actualização de que foi alvo trouxe ao Jeep Cherokee melhorias estilísticas que tornaram a sua aparência exterior mais cativante e menos controversa

Num interior que transmite uma agradável sensação de robustez, referência para o progresso registado em termos da qualidade da montagem e, também, dos materiais utilizados, não obstante a insistência no recurso, aqui e ali, a alguns materiais muito pouco nobres, mormente alguns plásticos duros e menos dignos do bom trabalho levado a cabo, de um modo geral, neste particular. Nota mais, ainda, para o muito completo equipamento incluído de série, onde nada parece faltar, pouco mais extras havendo por optar que não a pintura metalizada e o tecto de abrir eléctrico presentes na unidade ensaiada.

O espaço interior, exceção feita à altura, não mais do que mediana, continua a ser por demais interessante, com os bancos traseiros a garantirem uma versatilidade extra, graças à regulação longitudinal assento e em inclinação das costas – argumento que permite fazer variar a generosa capacidade da mala entre 448-570 litros, mantendo intocada a lotação. Referência, do mesmo modo, para o enorme alçapão existente sob o piso da bagageira, quando se dispensa o pneu sobressalente (embora o enorme subwoofer do sistema de som Beats não ajude, propriamente, à arrumação dos volumes), e para o facto da posição mais avançada dos bancos traseiros não permitir aí transportar do que cadeiras de crianças, dado o espaço disponível para pernas daí resultante ser bastante exíguo, ao contrário do que sucede quando estes se encontram na posição mais recuada.

O posto de condução, esse, não merece reparos. Elevado, como se exige numa proposta deste género, mas não excessivamente, prima pelos bancos em pele aquecidos com regulações eléctricas, muito cómodos e com um razoável encaixe, e pela correcta ergonomia. O painel de instrumentos, que combina elementos analógicos e digitais, não só é muito completo, como oferece uma visibilidade acima de críticas.

O interior é amplo, versatíl, muito bem equipado e senhor de uma apreciável qualidade geral, embora a Jeep insista em recorrer a alguns plásticos duros que retiram nobreza ao habitáculo, sobretudo por comparação com os melhores rivais europeus

O interior é amplo, versatíl, muito bem equipado e senhor de uma apreciável qualidade geral, embora a Jeep insista em recorrer a alguns plásticos duros que retiram nobreza ao habitáculo, sobretudo por comparação com os melhores rivais europeus

Como já referido, o único motor com que o Cherokee é comercializado em Portugal é o mesmo quatro cilindros turbodiesel de 2,2 litros também utilizado, por exemplo, pelo novo Wrangler, aqui montado em posição transversal dianteira, e numa derivação que lhe garante 195 cv de potência, e um binário máximo de 450 Nm logo às 2000 rpm. Não é, de todo, o representante mais silencioso da sua categoria, e o ambiente a bordo só não é mais prejudicado por este handicap porque o isolamento acústico do habitáculo é bastante eficiente, suprimindo praticamente todos os ruídos de rolamento e aerodinâmicos.

Em compensação, prima por resposta assertiva e vigorosa na generalidade das condições de utilização, o que não é de somenos. Poderoso e solícito, assegura ao Cherokee 2.2 MultiJet 4×2 AT9 Limited uma facilidade e um agrado de condução apreciáveis, graças às boas prestações, e a reprises de nível superior, para o que também contribui o correcto escalonamento da caixa de nove velocidades, suave, e em boa parte responsável por um gasto de combustível que, em estrada, pode mesmo ser excelente, em especial a velocidades estabilizadas e moderadas (leia-se: dentro dos limites estabelecidos pela lei).

Infelizmente, este elemento será, igualmente, um dos principais pontos a rever neste modelo. Sem modos de condução, ou de funcionamento da própria caixa, disponíveis, o condutor depara-se, bastas vezes, com o sistema a seleccionar, e a manter, de forma desnecessária, uma relação demasiado curta para as exigências do momento. Daqui resultando óbvios prejuízos em termos de consumo: para registar médias inferiores a 8,0 l/100 km em cidade são necessários muitos cuidados, com as “distracções” a facilmente fazerem disparar os valores para lá dos 9,0 l/100 km.

Contudo, também é da mais elementar justiça destacar que o recurso às patilhas no volante, para comando manual em sequência da transmissão, permite obviar em boa parte esta condicionante: antecipando-se a selecção de uma mudança mais desmultiplicada, reduz-se o regime de funcionamento do motor, o seu apetite e, ainda, o ruído emitido. O mesmo expediente deverá ser utilizado pelos condutores mais aguerridos, para obviar as muitas hesitações evidenciadas pela caixa nas solicitações mais exigentes, em especial a ritmos mais intensos, e com maiores variações de velocidade, como ocorre nos traçados mais sinuosos.

Em estrada, o novo Cherokee 2.2 MultiJet 4x2 AT9 Limited é tão confortável quanto eficaz, oferecendo uma condução muito fácil e agradável, até porque as prestações também convencem

Em estrada, o novo Cherokee 2.2 MultiJet 4×2 AT9 Limited é tão confortável quanto eficaz, oferecendo uma condução muito fácil e agradável, até porque as prestações também convencem

Sobretudo quando dispensadas as devidas atenções ao conjunto motor/transmissão, é inegável que o Cherokee 2.2 MultiJet 4×2 AT9 Limited está a apto a oferecer bons momentos de condução. Em asfalto, chega mesmo a surpreender pelo seu desempenho de alto nível em termos de comportamento, mesmo quando equipado com pneus que almejam mais a longevidade, a economia de combustível e o conforto acústico do que, propriamente, a eficácia dinâmica.

Com reações bastante salutares, sempre muito honestas e previsíveis, uma boa capacidade de tracção e movimentos da carroçaria bem controlados, faz-se ainda valer de uma excelente direcção para brilhar em curva, não denotando prejuízos de maior impostos por uma altura ao solo e um centro de gravidade necessariamente mais elevados do que num automóvel “ligeiro”. Nos limites, o controlo de estabilidade acaba por intervir, cumprindo a sua missão, mas, até lá, até permite alguma deriva da traseira, que se traduz numa emoção extra ao volante e num acréscimo de agilidade em curva, inclusive (ou principalmente…) nos pisos de terra.

A tudo isto há que somar um conforto digno de encómios, mesmo em pisos menos bem conservados, ou até mesmo no fora de estrada. Terreno que não é, de todo, o preferido desta versão dianteira do SUV norte-americano, com um ângulo de ataque reduzido, ausência de tracção integral e redutoras, e pneus vincadamente estradistas, as suas incursões pelo “TT” limitam-se a estradões de terra e a percursos com obstáculos pouco exigentes. A versão 4×4, com maior altura ao solo, não sendo um todo-o-terreno “puro e duro”, tem outras capacidades, mas obriga ao dispêndio adicional de 15 mil euros, até por só ser proposta com o nível de equipamento Overland.

Contas feitas, com um PVP de €65 372, sobre o qual há que aplicar um desconto de €2500, o novo Cherokee 2.2 MultiJet 4×2 AT9 Limited acaba por estar disponível por €62 872, uma verba que não está ao alcance de todos, mas que acaba por se justificar quando se leva em linha de conta as suas capacidades mecânicas e um excelente equipamento de série, em termos de conforto como de segurança, incluindo inúmeros auxiliares de condução. Esta verba tenderá a parecer ainda mais aceitável se se considerar como seus principais rivais os modelos oriundos das marcas de prestígio do norte da Europa (Audi Q5, BMW X3, Mercedes GLC e Volvo XC60), não tão equipados, embora mais consistentes em termos de qualidade geral.

 

Motor
Tipo 4 cil. linha Diesel, longit., diant.
Cilindrada (cc) 2184
Diâmetro x curso (mm) 83,8x99,0
Taxa de compressão 15,5:1
Distribuição 2 v.e.c./16 válvulas
Potência máxima (cv/rpm) 195/3500
Binário máximo (Nm/rpm) 450/2000
Alimentação injecção directa common-rail
Sobrealimentação turbocompressor VTG+intercooler
Dimensões exteriores
Comprimento/largura/altura (mm) 4623/1859/1669
Distância entre eixos (mm) 2705
Largura de vias fte/trás (mm) 1593/1603
Jantes – pneus 7Jx17″ – 255/55 (Michelin Primacy 3)
Pesos e capacidades
Peso (kg) 1834
Relação peso/potência (kg/cv) 9,40
Capacidade da mala/depósito (l) 448-570/60
Transmissão
Tracção Dianteira
Caixa de velocidades automática de 9+m.a.
Direcção
Tipo cremalheira com assistência electrohidráulica
Diâmetro de viragem (m) 11,6
Travões
Dianteiros (ø mm) Discos ventilados (330)
Traseiros (ø mm) Discos maciços (278)
Suspensões
Dianteira MacPherson
Traseira MacPherson
Barra estabilizadora frente/trás sim/sim
Aptidões TT
Ângulos de ataque/saída/ventral (º) 16,7/24,6/17,7
Inclinação lateral máx./pendente máx.(º) n.d./n.d.
Altura ao solo/passagem a vau (mm) 150/406,4
Garantias
Garantia geral 2 anos se limite de km
Garantia de pintura 2 anos
Garantia anti-corrosão 7 anos
Intervalos entre manutenções 20 000 km ou 12 meses
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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em plano inclinado
Encostos de cabeça activos
Cintos dianteiros+traseiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos em pele
Bancos dianteiros com regulações eléctricas+aquecidos
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele/regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Auto-rádio DAB com leitor de mp3+ecrã táctil de 8,4"+tomadas USB/Aux+6 altifalantes
Mãos-livres Bluetooth
Vidros dianteiros+traseiros eléctricos
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores eléctricos+aquecidos
Retrovisor interior electrocromático
Acesso+arranque sem chave
Alarme
Faróis dianteiros por LED com assistente de máximos
Faróis de nevoeiro por LED
Sensores de estacionamento traseiros+câmara de estacionamento traseira
Sensores de luz+chuva
Portão traseiro com operação eléctrica
Barras de tejadilho
Jantes de liga leve de 18”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pack City Tech (inclui: sistema de assistência ao estacionamento em paralelo e em perpendicular com paragem de emergência)
Pack Touring (inclui: cruise control adaptativo, patilhas de comando da caixa no volante, assistência à manutenção na faixa de rodagem, sistema de travagem de emergência com alerta de colisão)
Pack Sound Tech (sistema de som Beats)

Pintura metalizada (€950)
Tecto de abrir panorâmico (€1450)

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Sobre o autor
zyrgon