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Mercedes-Benz A 180 d

Artigo
Mercedes-Benz A 180 d

Visão geral
Marca:

Mercedes-Benz

Modelo:

A

Versão:

180 d

Ano lançamento:

2018

Segmento:

Familiares Compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.5 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

116/4000

Vel. máx. (km/h):

202

0-100 km/h (s):

10,5

Consumos (l/100 km):

3,9/4,1/4,5
(Extra urbano/Combinado/Urbano)

CO2 (g/km):

108

PVP (€):

32 450/41 529 (unidade testada)

Gostámos

Aparência e qualidade de topo, Comportamento dinâmico, Sistema MBUX, Consumos, Sistemas de segurança activa, Ambiente interior

A rever

Longa lista de opcionais, Qualidade do equipamento pneumático

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Qualidade geral
9.0
Interior
9.0
Segurança
9.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
7.0
Garantias
7.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Mesmo na sua versão a 180 d, a única a gasóleo por agora disponível, o novo Classe A não dá deixa grande margem de manobra para a concorrência ripostar: soberba imagem exterior e interior, pormenores de tecnologia e sofisticação ao nível de uma berlina de luxo, excelente qualidade geral e grande sentido prático. Maior handicap da nova coqueluche da Mercedes: o preço acompanhado de uma dotação de equipamento limitada, e o preço de boa parte dos opcionais a que (muito) custa resistir…

8.2
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Olhando para o novo Classe A, é, realmente, espantoso verificar o quão longe vai o ano de 1997, aquele em que foi lançada a primeira geração de um modelo que, à época, muitos consideraram constituir um downgrade para a Mercedes – e que ficou marcado pelo então célebre episódio do Teste do Alce. Vinte anos volvidos, serão, porventura, poucos os proprietários de um Classe A que ainda recordam tal percalço, antes valorizando mais os atributos de um automóvel que, com o passar do tempo, muito ajudou ao crescimento exponencial das vendas da marca, e se tornou numa das referências incontornáveis do seu segmento – arriscando-se, agora, a sê-lo do próprio mercado.

Isso mesmo acaba por confirmar o teste ao novo A 180 d, a única opção com motor a gasóleo por agora disponível na família Classe A, e, como todas as outras, dotada de transmissão automática – a chegada de mais motorizações, e da caixa manual para as variantes de acesso à gama, está prevista apenas para o primeiro trimestre de 2019. E é tal a evolução registada pelo modelo em praticamente todos os domínios, que se antevê, no mínimo, árdua a tarefa que assim fica reservada para os seus rivais.

Começar a análise de um novo modelo pela estética é tudo menos uma originalidade, mas não é menos verdade que este continua a ser um dos principais factores de decisão para a esmagadora maioria dos consumidores, e mais ainda num automóvel premium e oriundo de um construtor cuja imagem é das mais poderosas do sector. Visualmente bem mais desportivo e sofisticado do que o seu antecessor, e, mesmo, que toda a concorrência directa, todos os painéis da carroçaria são novos (mesmo que, nalguns casos, assim possa não parecer), acabando por se destacar o novo Classe A, neste particular, pela frente mais acutilante, dinâmica e refinada, na linha das mais recente criações da casa de Estugarda.

De imediato identificável como um Mercedes, o novo Classe A evoluiu o suficiente no plano estético para desfrutar de uma imagem mais dinâmica, requintada e exclusiva

De imediato identificável como um Mercedes, o novo Classe A evoluiu o suficiente no plano estético para desfrutar de uma imagem mais dinâmica, requintada e exclusiva

Porém, se o estilo convence, é fundamental sublinhar que para o resultado final muito tendem a contribuir alguns opcionais, cuja eleição, como é óbvio, não deixará de pesar na factura final. Algo que o A 180 d em apreço demonstra na perfeição, principalmente devido à inclusão do Pack Premium e da Linha AMG (cujos componentes são descritos em detalhe abaixo), que ajudam a tornar o veículo praticamente irresistível, mas acrescem qualquer coisa como €5150 ao preço final.

Algo de semelhante acontece no interior, não obstante ser extraordinária a evolução por si registada em termos de qualidade, design e decoração, visível mesmo nas versões mais acessíveis do novo Classe A. Aqui, conjuga-se um ambiente marcadamente jovial e dinâmico, desportivo até, com uma inquestionável elegância, capaz de evocar, neste domínio, propostas de outro gabarito da marca, pois os materiais e acabamentos de topo, e um indesmentível rigor construtivo, chegam, aqui e ali, a fazer lembrar um Classe S à escala.

Claro que tudo melhor sobremaneira quando se opta pela versão mais evoluída do sistema de infoentretenimento, com os seus dois enormes ecrãs de 10”, o central e o que serve como painel de instrumentos totalmente digital. Aliás, o sistema MBUX, que o novo Classe A tem honras de estrear, é merecedor, por si próprio, de análise própria e detalhada, desde logo devido ao assistente pessoal em português: basta iniciá-lo através da frase “Olá, Mercedes”, e, através do “diálogo”, executar ou operar uma série de funções e funcionalidades.

Não há como não considerar o novo sistema MBUX como um dos must do momento do sector automóvel no domínio do infoentretenimento, sobretudo na sua mais evoluída versão com navegação e dois ecrãs de 10"

Não há como não considerar o novo sistema MBUX como um dos must do momento do sector automóvel no domínio do infoentretenimento, sobretudo na sua mais evoluída versão com navegação e dois ecrãs de 10″

Não obstante, para comandar o dispositivo, não deixam de existir um touchpad, botões sensíveis ao toque no volante multifunções, diversos botões de atalho, e o próprio ecrã central táctil. Trata-se de uma solução verdadeiramente fantástica, que inclui quase tudo o que se possa imaginar de funções e configurações, seja do veículo, multimédia, de navegação (opcional) ou de informação.

De tal modo que se torna quase viciante interagir em permanência com o MBUX para bem o conhecer e perceber, e há que confessar que um convívio de meia dúzia de dias com o A 180 d foi manifestamente insuficiente para assimilar todas as suas capacidades e potencial, distribuídas por um sem número de menus e submenus. Antes serviu para com ele criar uma indesmentível empatia, até porque o sistema já inclui soluções de inteligência artificial e auto-aprendizagem, o que significa que vai evoluindo com o passar do tempo e a “convivência” com o utilizador, o que torna praticamente impossível conhece-lo em detalhe em toda a sua plenitude. No meio de tanta tecnologia, acaba é por sentir-se a falta de um carregador por indução para smartphones

De resto, a habitabilidade é de bom nível, embora, neste capítulo, o novo Classe A apenas supere de forma notória o seu predecessor no espaço disponibilizado para as pernas dos ocupantes do banco traseiro, por sinal, um dos pontos mais sensíveis quando de conforto em viagem se trata. O posto de condução é óptimo, embora os bancos desportivos com encostos de cabeça integrados, incluídos na opcional Linha AMG, muito contribuam para tornar ainda mais convidativo o melhor lugar a bordo, a ergonomia não merece reparos de maior e a bagageira passa a oferecer 370 litros com a máxima lotação disponível, isto é, mais 29 litros do que no modelo interior, e um dos melhores valores do segmento.

A principal evolução registada em termos de habitabilidade ocorreu no espaço para pernas traseiro, um dos factores críticos para quem viaja atrás

A principal evolução registada em termos de habitabilidade ocorreu no espaço para pernas traseiro, um dos factores críticos para quem viaja atrás

Para já, merece a pena voltar a sublinhá-lo, o A 180 d é a única versão a gasóleo disponível na gama do novo compacto da Mercedes, estando instalado sob o capot o conhecido motor turbodiesel de origem Renault com 1,5 litros. Face ao conhecido da anterior geração, mantém o binário máximo de 260 Nm, constante entre as 1750-2500 rpm, mas ganhou 7 cv, passando a disponibilizar 116 cv/4000 rpm. Uma unidade que faz o que pode para locomover praticamente tonelada e meia sem passageiros ou carga, assim se percebendo as prestações não mais do que aceitáveis para um automóvel desta categoria, de algum modo compensadas por excelentes consumos a velocidades estabilizadas e em cidade, e que mesmo em ritmos mais dinâmicos tendem a ficar em torno dos 7,0 l/100 km, em parte devido ao escalonamento longo da caixa pilotada de dupla embraiagem e sete velocidades, em especial das suas dias últimas relações.

Mas, neste campo, os números não ilustram tudo. O facto é que a resposta enérgica e pronta do propulsor na generalidade das situações, em conjunto com uma transmissão também ela rápida, acabam por tornar a condução do A 180 d bastante agradável e convincente, além de confirmarem o bom trabalho levado a cabo pelos técnicos germânicos em termos de isolamento acústico – sendo sempre possível escolher entre os quatro modos de condução disponíveis (Eco, Comfort, Sport e Individual) para ajustar o desempenho de ambos, assim como da direcção, às necessidades do momento, dentro das naturais limitações da mecânica. Ainda em relação à caixa de velocidades, pode sempre ser comandada manualmente em sequência através das patilhas do volante, o que, na prática, serve, essencialmente, para antecipar reduções, já que o sistema reduz e desmultiplica de forma automática sempre que se acciona o kickdown ou se atinge a red line, obrigando ainda a cuidados redobrados com o acelerador nos arranques e, acima de tudo, mas manobras estacionamento efectuadas em espaços mais apertados: como a embraiagem demora algum tempo a “pegar”, quando tal ocorre a aceleração tende já a ser superior ao desejável, algo que que, em caso de proximidade excessiva aos obstáculos, pode redundar em consequências menos agradáveis.

O que é impossível de disfarçar é que este motor está nitidamente aquém das potencialidades do châssis, que oferece uma óptima frente, rápida e precisa, e uma agradável tendência para a traseira se soltar ligeiramente em curva, especialmente no modo mais confortável da suspensão, que no A 180 d testado dispunha do também opcional sistema de amortecimento pilotado. A envolvência ao volante é elevada, até porque a direcção oferece um bom feeling e é suficientemente rápida e precisa, contribuindo para uma agilidade em curva de bom nível, dando que pensar o que seria o novo Classe A neste domínio caso fosse possível desligar por completo o controlo de estabilidade (como é da praxe em quase todos os Mercedes, que não AMG, apenas é possível inibir o funcionamento do controlo de tracção)…

O desempenho dinâmico do novo Classe A é muito convincente, mas, na versão A 180 d, a Linha AMG, com suspensão rebaixada e jantes de 18", só torna mais evidentes as limitações do motor e dos pneus face às capacidades do châssis

O desempenho dinâmico do novo Classe A é muito convincente, mas, na versão A 180 d, a Linha AMG, com suspensão rebaixada e jantes de 18″, só torna mais evidentes as limitações do motor e dos pneus face às capacidades do châssis

Aqui chegados, outras questões se levantam. Por exemplo: com este motor, valerá a pena investir na suspensão rebaixada e nas jantes de 18” incluídas na Linha AMG? A seu favor, este opcional tem o apelo estético e a maior eficácia dinâmica. Mas, nesse caso, convém optar por um equipamento pneumático digno desta combinação, pois os Hankook Ventus S1 Evo instalados no nosso A 180 d não só demonstram fácil e rapidamente os respectivos limites em curva, tanto mais evidentes quanto maior for a ousadia de quem siga ao volante, como implicam um aumento notório das distâncias travagem face ao anterior modelo com o mesmo motor, pneus de dimensões semelhantes e peso praticamente igual.

Por outro lado, e mesmo reconhecendo a capacidade da suspensão para digerir as irregularidades da estrada, inclusive com eixo traseiro semi-rígido (o eixo multilink apenas é instalado nas variantes mais potentes), jantes de 18” e molas rebaixadas, no que é ajudada pela elevada rigidez estrutural, não deixa de ser um facto que esta configuração acaba por condicionar o conforto em piso mais degradado, e mais ainda no modo Sport, em que o amortecimento e mais firme. Além de que, ao reduzir a altura ao solo, faz aumentar o risco de embater com o lábio dianteiro no solo nalgumas situações, como sejam as bandas sonoras mais altas ou desníveis do piso mais acentuados.

Palavra final para a boa dotação de sistemas de assistência à condução incluída no novo A 180 d, em que o único reparo vai para a excessiva sensibilidade do alerta de transposição involuntária de faixa de rodagem, e para a sua actuação algo intempestiva em termos de aviso sonoro e vibração. Ainda assim, na esmagadora maioria das situações, é tal a compostura A 180 d, que mais parece à prova de erro, que os restantes dispositivos raramente intervêm, excepção feita ao controlo de tracção nos arranques mais intempestivos.

Tudo somado, se o novo Classe A prova que não existem automóveis perfeitos, o A 180 d analisado também demonstra que não é fácil no mesmo encontrar erros ou defeitos conceptuais dignos desse nome nas áreas mais determinantes. Pelo que, mesmo com um preço que não é de arromba, e uma extensa e onerosa lista de opções de que muito depende o apelo final do modelo (no caso em apreço, significa passar de €32 450 para €41 529) , os seus argumentos são tantos, e de tal calibre, que tudo concorre para um invejável equilíbrio e uma manifesta superioridade em diversos domínio, que faz desta a nova referência incontornável da classe, a que não se consegue prever se não um sucesso digno de registo.

Mesmo com eixo traseiro semi-rígido, suspensão rebaixada e jantes de 18" com pneus de baixo perfil, o conforto de marcha é de nível superior, mas decerto será mais elevado com uma configuração de châssis menos desportiva

Mesmo com eixo traseiro semi-rígido, suspensão rebaixada e jantes de 18″ com pneus de baixo perfil, o conforto de marcha é de nível superior, mas decerto será mais elevado com uma configuração de châssis menos desportiva

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de alerta de cansaço do condutor Attention Assist
Assistente à manutenção na faixa de rodagem+Assistente do limite de velocidade
Assistente activo de travagem
Capot activo para protecção de peões
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado manual
Computador de bordo
Cruise control
Bancos em pele+tecido
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Sistema multimédia com ecrã de 7"+touchpad+pré-instalação de navegação
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Câmara de marcha-atrás
Sensor de luz/chuva
Jantes de liga leve de 16″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos
Kit
de primeiros socorros

Pack Premium (€2900 - incui: sistema de navegação+ecrã central de 10"+Pack Parking [inclui: câmara de marcha-atrás+sistema de estacionamento activo]+Pack Espelhos [inclui: espelho retrovisor interior/passageiro electrocromáticos+espelhos retrovisores exteriores rebatíveis electricamente]+acesso/arranque sem chave+bancos dianteiros aquecidos+sistema de som+apoio de braços traseiro+iluminação ambiente+embaladeiras iluminadas)
Linha AMG (€2250 – inclui: Linha AMG+Design exterior AMG+jantes em liga leve de 18" e cinco braços+suspensão conforto rebaixada+estofos em pele com costuras vermelhas+bancos dianteiros desportivos com encostos de cabeça integrados+tapetes desportivos AMG+volante multifunções desportivo em pele+forro do tejadilho preto+faróis em LED+ar condicionado automático bizona)
Suspensão com amortecimento pilotado (€900)
Tecto de abrir panorâmico em vidro (€1150)
Vidros traseiros escurecidos (€400)
Acabamentos interiores em alumínio escovado (€200)

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Sobre o autor
zyrgon