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Mercedes EQC: primeiro de uma nova vaga de eléctricos chega em 2019

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Mercedes EQC: primeiro de uma nova vaga de eléctricos chega em 2019

Dois anos volvidos sobre a primeira aparição da nova marca EQ, criada pela Mercedes propositadamente para operar no mercado da mobilidade e dos veículos eléctricos, a marca da estrela dá a conhecer o primeiro produto da sua novel divisão: o EQC. Numa primeira fase produzido em Bremen (saindo as baterias da fábrica de Kamenz, nas imediações de Bremen), a partir de 2019, mas esperando-se venha a ser fabricado também na China e nos EUA, é a primeira de dez propostas semelhantes que a casa da estrela já anunciou pretender lançar até 2022.

Com 4761 mm de comprimento, 1884 mm de largura e 1624 mm de altura, para uma distância entre eixos de 2873 mm, e assente na nova plataforma EVA (Electric Vehicle Architecture) para automóveis eléctricos, o EQC é, assumidamente, uma emanação do GLC e, como tal, terá de ser considerado como um SUV, acabando por rivalizar com propostas como o Tesla Model X, o Jaguar I-Pace ou o Audi e-tron que acaba de entrar em produção. A própria casa de Estugarda assume alguma canibalização de vendas entre EQC e GLC, embora afirme esperar que mais de metade dos compradores do seu novo modelo 100% eléctrico seja constituída por novos clientes para as suas fileiras.

Animado por dois motores eléctricos assíncronos (um por eixo, o que garante a tracção integral), com um rendimento combinado de 408 cv e 765 Nm, e não obstante pesar mais 2425 kg, ou seja, mais 400 kg do que a versão híbrida plug-in do seu “primo direito”, o GLC 350 e 4Matic, o EQC 400 4Matic anuncia 5,1 segundos nos 0-100 km/h, o que faz dele o modelo mais rápido da família GLC “alargada” neste exercício, à excepção da sobrepotenciada variante AMG de pendor vincadamente desportivo. O reverso da medalha é a velocidade máxima limitada a 180 km/h, a prova de que há ainda um longo caminho a percorrer pelos eléctricos antes de poderem equiparar-se aos modelos convencionais, sendo esta medida um facto essencial para garantir a autonomia superior a 450 km anunciada para a bateria de iões de lítio com 80 kWh de capacidade e 650 kg de peso, instalada sob o piso do veículo.

Claro que este valor dependerá muito, também, do estilo de condução praticado, até porque o EQC oferece nada menos do que cinco modos de condução: Comfort, Eco, Max Range, Sport e Individual. Também com o intuito de optimizar o consumo energético, o motor dianteiro é o principal protagonista quando se circula a baixa e média carga, assegurando o traseiro um maior dinamismo sempre que para tal seja solicitado pelo ritmo imposto pelo condutor.

Equipado com um carregador de bordo de 7,4 kW, o EQC aceita carregamentos domésticos, via Wallbox e rápidos, até um máximo de 110 kW. Neste último caso, 40 minutos será o necessário para que a carga da bateria passe de 10% para 80%.

Com uma habitabilidade que se antevê em tudo idêntica à do GLC, e uma bagageira com 500 litros de capacidade, o interior do EQC promete oferecer um ambiente de elevada qualidade, não só pelo rigor construtivo e pelos materiais utilizados, mas também pelo aprimorado isolamento acústico. Ao mesmo tempo, o sistema de infoentretenimento MBUXC, recentemente estreado no Classe A, contará com algumas funções específicas de EQ, como a exibição de faixa, o nível de carga da bateria, o fluxo de energia ou a navegação optimizada, assim como um menu EQ dedicado, onde estarão agrupados diversos recursos.

A isto há que somar os serviços e funcionalidades criados a pensar especificamente na mobilidade eléctrica. Logo na fase de lançamento estarão disponíveis o controlo climático de pré-entrada (garante que o interior está já na temperatura desejada no momento de partida, podendo ser programado via MBUX ou  a App Mercedes me) e a navegação optimizada (calcula a rota mais rápida, levando em consideração o menor tempo de carregamento, respondendo dinamicamente a mudanças das condições de circulação).

Quanto ao estilo, o novo EQC não esconde o seu parentesco com o GLC, embora conte com diversos elementos exteriores e interiores que lhe asseguram uma identidade própria e de imediato denunciam a sua vocação. Veja-se o painel preto de generosas dimensões que envolve a grelha e as ópticas dianteiras, delimitado no topo por uma fibra óptica que une as luzes de circulação diurna; ou os os faróis dianteiros por LED, com caixas e tubos em preto brilhante, listas azuis com fundo preto e lettering Multibeam igualmente em azul.

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zyrgon