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Pau em França e pau à chegada

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Pau em França e pau à chegada

Este fim de semana, o segundo seguido, os motores rugiram em Pau, cidade linda enquadrada no Sul da França, na região do Armagnac. Desta vez, era um fim de semana para os históricos – e que históricos…

Com base, principalmente, nos participantes portugueses, a corrida dos GT tinha um plateau de primeira classe. Carros e pilotos do melhor, e isto de correr entre os rails tem o que se lhe diga. É que não é bem o mesmo que correr no Porto, não. Aqui, estamos a falar de um circuito citadino, mas muito apertadinho, pois em algumas zonas, comparado com o Porto, a Boavista parece uma auto estrada. Por isso, havia que ser rápido e não dar beijinhos nos rails que eles não gostam ( os carros, logicamente, pois os rails estam bem fixos e houve muito boa gente que os testou).

Os portugueses estiveram em grande, tanto os mecânicos, que bem tiveram por vezes de suar, e muito, para resolver problemas de motor especialmente, como também os pilotos. Dois pódios mais altos e outro mais baixo para os nossos compatriotas. Bem em cima, Carlos Tavares e Mário Silva, em Porsche GT3 dos irmãos Almeras – carrito de ralis, mais ou menos pesadote e com motor super legal… Terceiros na geral e vencedores da categoria.

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O Paulo Antunes, com um Datsun 1200 à portuguesa, parecia um foguete e terminou em primeiro da classe também. Quando ao António Simões e ao Francisco Sá Carneiro, em Porsche SC, fizeram uma corridinha certinha com um dos carros mais bem preparados e bonitos do plantel, e terminaram num honroso terceiro lugar da classe. Acho que a ida e a volta com o Porsche particular do Francisco de Lisboa para Pau e volta foi mais emocionante, pois é preciso ter um olho no burro e outro no cigano. Fazer pouco mais de sete horas de Lisboa a Pau e não ser apanhado pelos guardas é muito, mas mesmo muito bom. O António ainda guia depressa…

Mas isto para salientar a prova e a participação do Carlos Tavares. Este meu amigo e PDG do grupo PSA (Peugeot-Citroën) é mesmo um entusiasta do desporto motorizado e dos históricos. Proprietário, a título particular, de uma empresa de recuperação e manutenção de automóveis clássicos em Viseu, e de uma outra de assistência de provas de históricos em França, estilo Tour de France e Mille Miglie, das mais conceituadas do sector, lá vai sempre arranjando tempo para correr, para além de ser o número um do Grupo PSA, que não é nenhuma pêra doce.

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No fim de semana antes de Pau correu em Spa de Peugeot protótipo, depois em Pau de Porsche e no próximo fim‑de‑semana estará num F3000 em Magny Cours, coisita pouca, com 450 cv. Ah, é verdade, ainda segue por telefone, quando não pode estar presente, as corridas do ELMS do seu futuro genro em LMP2… Só é possível cumprir e bem com este programa bastante preenchido devido ao RIGOR com que gere a sua vida profissional e particular. Um exemplo para todos, para os mais novos e mesmo para os mais velhos. Andou bem, não bateu e… vai continuar. Enquanto houver este lume nele, a competição automóvel no grupo PSA está bem e recomenda-se, fazendo parte da sua nova estratégia de marketing da marca. Allez Carlos.

Um fim de semana que me deu um grande gozo neste regresso, devagarinho, às corridas. Só não gostei, nada, mesmo nada, e repugno totalmente o incidente, de chegar a Lisboa e, à saída do aeroporto, ter cerca de uns vinte sindicalistas da Polícia de Segurança Pública a distribuir panfletos a todos os estrangeiros e portugueses, chamando a atenção para um país que não gosta de policias e descura a segurança… Sinceramente, não é dizendo lá no flyer que se houver algum problema liguem para o 112 que se vai lá. Eu até posso entender os motivos de protesto, mas assim não. Se fosse eu num país que não conhecesse e tal me acontecesse, subia a escada para os Departures e saía a sete pés dali. Está tudo marado ou quê?

 

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zyrgon