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Suzuki Ignis 1.2 Mild Hybrid 2WD GLX

Artigo
Suzuki Ignis 1.2 Mild Hybrid 2WD GLX

Visão geral
Marca:

Suzuki

Modelo:

Ignis

Versão:

1.2 Mild Hybrid 2WD GLX

Ano lançamento:

2017

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.2

Pot. máx. (cv/rpm):

90/6000

Vel. máx. (km/h):

170

0-100 km/h (s):

11,8

Consumos (l/100 km):

5,2 (Combinado WLTP)

CO2 (g/km):

117 (Combinado WLTP)

PVP (€):

17 978/18 328 (unidade testada)

Gostámos

Consumos, Comportamento em estrada e fora dela, Agilidade, Facilidade de condução, Equipamento competo

A rever

Pormenores de ergonomia, Quinta velocidade demasiado longa

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Qualidade geral
7.0
Interior
7.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
8.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
7.0
Equipamento
8.0
Garantias
8.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

Uma espécie de "dois em um", este Suzuki Ignis 1.2 Mild Hybrid 2WD GLX, que se comporta como um muito competente citadino em estrada, mas não enjeita algumas aventuras por outros terrenos, mesmo nesta versão de tracção apenas dianteira. Os consumos reduzidos, o comportamento ágil e divertido, e a vivacidade do pequeno três cilindros são outros factores a ter em conta num modelo que marca de forma indelével pela irreverência do estilo - por dentro como por fora

7.6
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Do teste ao Suzuki Ignis 1.2 Mild Hybrid 2WD GLX, porventura a mais interessante versão do modelo para o mercado português, subsistiu a questão que se colocava logo desde a sua apresentação: será este um citadino ou um “mini-crossover”? Talvez a resposta mais correcta seja que assume facilmente qualquer um desses papéis, sendo porventura cada qual mais acentuado consoante se trate da versão de duas rodas motrizes, como a aqui em apreço, ou de tracção integral.

Inequívoco é que o Ignis adopta um estilo tão diferenciador, que tão bem se conjuga com as suas diminutas dimensões, que acaba por se tornar apelativo pela irreverência, pela originalidade e pelo ar aventureiro. Como referido, mesmo na versão de tracção dianteira, as protecções exteriores em plástico, pintadas de preto, em combinação com as jantes de 16” propostas de série, acabam, inevitavelmente, por remeter a sua aparência exterior para o universo dos SUV, algo que as suas capacidades dinâmicas acabam por confirmar, como mais adiante se comprovará.

O estilo arrojado e inequivocamente diferenciador é atributo incontornável do Suzuki Ignis

O estilo arrojado e inequivocamente diferenciador é atributo incontornável do Suzuki Ignis

A mesma simplicidade e a mesma jovialidade são transpostas para o interior, muito por culpa de uma decoração deveras agradável, com os elementos em branco, sobre o preto que predomina no habitáculo, a garantirem a almejada irreverência. E se é um facto que todos os materiais utilizados no interior são duros, o rigor da montagem e a perfeição dos acabamentos asseguram uma apreciável robustez, deixando, ainda, antever um envelhecimento saudável, não excessivamente condicionado pelo aparecimento de ruídos parasitas.

Com 3700 mm de comprimento, 1690 mm de largura, 1595 mm de altura e uma distância entre eixos de 2435 mm, não se esperaria que o habitáculo fosse um salão de festas, e a bagageira um porão capaz de tudo albergar. Não obstante, o Ignis não deixa de contar neste capítulo com os seus trunfos, isto é, não só a habitabilidade e a capacidade da mala acabam por ser interessantes face às contidas dimensões exteriores, como o banco traseiro deslizante, com regulação da inclinação das costas, e longitudinal do assento em 165 mm, permite que o espaço disponível possa ser ajustado às necessidades do momento.

Na prática, com todos os lugares disponíveis, a capacidade da mala varia entre 290-373 litros, ainda que a posição mais avançada do banco posterior só permita que aí se transportem crianças nas respectivas cadeirinhas – embora o seu rebatimento até permita dispor de 1100 litros para acomodação de bagagens. Já com o banco traseiro na sua posição mais recuada, quatro passageiros viajam com dignidade a bordo do Ignis, sobretudo se deslocações não forem demasiado longas, com o espaço para as pernas dos ocupantes traseiros a surpreender pela positiva. O que não se altera é o acesso aos lugares traseiros a obrigar a alguma ginástica, e, sobretudo, a colocação elevadas das janelas traseiras, que reduz bastante a visibilidade para o exterior de quem viaja atrás.

A jovialidade do estilo estende-se ao habitáculo, em boa parte devido à decoração bicolor – no caso, em branco e preto

A jovialidade do estilo estende-se ao habitáculo, em boa parte devido à decoração bicolor – no caso, em branco e preto

Já o condutor não terá muito do que se queixar: o posto condução dominante, elevado, mas não excessivamente, é sinónimo de uma correcta visibilidade em quase todos os sentidos (um pouco mais condicionada para trás); o banco e o volante reguláveis altura contribuem para que a maioria se possa instalar com o necessário conforto; e a ergonomia é bastante aceitável, mesmo que alguns botões de comando estejam colocados em locais menos visíveis e de mais difícil acesso por parte do condutor – algo que continua a ser típico da maioria das criações dos construtores orientais…

Verdadeiramente especial é a experiência de condução. Desde logo, devido ao motor de quatro cilindros e 1242 cc, com 90 cv de potência e um binário máximo de 120 Nm, aqui dotado de tecnologia mild hybrid, a cargo de um motor de arranque/alternador integrados, que auxilia o motor de combustão através do fornecimento de 4 cv extra nos arranques e acelerações, com a bateria de iões de lítio com 3 kWh de capacidade a ser recarregada em desaceleração e nas travagens. A caixa manual de cinco velocidades não merece reparos de maior em termos de manuseamento, mas há que ter em conta que o escalonamento da quinta relação é bastante longo, o que obriga a recorrer à quarta velocidade com alguma frequência sempre que o percurso implique maiores variações de velocidade.

Não significa isto que este motor não surpreenda, e muito, pela positiva. Desde logo, pelos consumos: muito frugal em estrada e auto-estrada, não é menos brilhante em cidade, onde garante 6,1 l/100 km sem qualquer esforço ou condicionante em termos de condução. Tão poupado é, que é preciso abusar, e impor ao Ignis 1.2 Mild Hybrid 2WD uma condução verdadeiramente intensa, para aflorar 7,0 l/100 km. E só andando constantemente na red line, utilização para que o modelo não foi, em definitivo, projectado, se conseguem aflorar os 9,0 l/100 km.

O meio urbano é o habitat natural do Ignis, embora também não se furte a outro tipo de utilização

O meio urbano é o habitat natural do Ignis, embora também não se furte a outro tipo de utilização

Por outro lado, não sendo esta unidade motriz um primor de silêncio, sendo, mesmo, notoriamente audível a médio e alto regime, ainda assim, a insonorização é bastante razoável para o tipo de veículo em questão, e para o segmento em que se insere. Ao mesmo tempo, é muito vivo e solícito, subindo decididamente de regime até às 6250 rpm nas quatro primeiras velocidades, ao ponto de surpreender também neste particular, permitindo praticar uma condução bem mais dinâmica do que o esperado – sendo imperioso referir a forma como ganha fácil e rapidamente velocidade até superar ligeiramente os 180 km/h no velocímetro (a partir daqui, ou perde velocidade, ou não há progressão, devido à já referida desmultiplicação da quinta relação).

A isto há que juntar um comportamento dinâmico muito são, e terrivelmente ágil, capaz de fazer as delícias dos adeptos de uma condução mais “acrobática”, devido às contidas dimensões da carroçaria, ao reduzido diâmetro de viragem (inferior a 10,0 m) e a uma direcção rápida e directa. Aliás, com o ESP desligado, a notória facilidade evidenciada em soltar traseira, conjugada com um eixo dianteiro incisivo, aumenta ainda mais a agilidade e a diversão. Apenas há que dosear com a necessária docilidade o acelerador e o ângulo do volante nas saídas das curvas mais intempestivas, para evitar excessivas perdas de tracção que só se traduzirão em evitáveis perdas de tempos e desnecessário desgaste das borrachas.

Ainda assim, é fundamental que tudo isto é válido para uma condução mais agressiva. Já numa utilização regular, aquela para que o modelo foi, primordialmente, concebido, nomeadamente em cidade, onde sente como peixe na água, tudo se passa de forma muito mais sóbria, revelando-se o Ignis muito equilibrado e fácil de conduzir, e até confortável, inclusive em piso degradado, apesar da curta distância entre eixos e da suspensão traseira por eixo semi-rígido.

Mesmo nas versões com tracção apenas traseira, o Ignis tende a surpreender no fora de estrada, onde o reduzido peso do conjunto é um poderoso aliado na transposição de obstáculos

Mesmo nas versões com tracção apenas traseira, o Ignis tende a surpreender no fora de estrada, onde o reduzido peso do conjunto é um poderoso aliado na transposição de obstáculos

Fora de estrada, este Ignis 1.2 Mild Hybrid 2WD também é muito capaz de espantar os mais incautos ou menos avisados. Mesmo com tracção apenas ao eixo dianteiro, o baixo peso (pouco superior a 800 kg) ajuda muito a superar obstáculos aparentemente intransponíveis. Claro que não se trata de um verdadeiro “TT”, nem o pretende ser, mas vai mais longe que muitos SUV que custam o dobro do preço – com a diferença a ser ainda mais acentuada na versão de tracção total.

Tudo somado, o Ignis 1.2 Mild Hybrid 2WD GLX é um dos bons citadinos do momento, convencendo pela competência e pela polivalência, e sendo ainda capaz de agradar pelo arrojo do estilo e da postura. Nesta versão de topo, o equipamento completo é outro factor a ter em conta, incluindo, mesmo, alguns pormenores de algum requinte, como o volante em pele, o evoluído sistema de infoentretenimento com navegação, os faróis por LED ou auxiliares de condução como o sistema de travagem de emergência ou alerta de saída involuntária da faixa de rodagem. O preço “oficial2 de €17 978 não é mais do que aceitável para aquilo que o modelo oferece, mas a campanha de desconto directo de €1575, assim como o desconto adicional de €1000 para quem opte pelo financiamento da marca, podem acabar pr fazer jogar as coisas a favor do simpático citadino japonês.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de travagem de emergência em cidade
Assistente aos arranques em subida
Alerta de saída involuntária da faixa de rodagem
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Bancos dianteiros aquecidos
Banco traseiro rebatível 50/50
Banco traseiro deslizante+reclinável
Volante em pele regulável em altura
Volante multifunções
Vidros eléctricos dianteiros+traseiros
Vidros traseiros escurecidos
Auto-rádio+ecrã táctil de 7″+entradas USB/Aux+6 altifalantes
Mãos-livres Bluetooth (telemóvel+áudio)
Comandos por voz
Sistema de navegação
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Faróis por LED
Faróis de nevoeiro
Sensor de luz
Câmara de estacionamento traseira
Barras de tejadilho
Jantes de liga leve de 16”
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de pneus

Pintura metalizada (€350)

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zyrgon